Por João Freire
Por consenso, o ‘Pacto para o Futuro’ foi aprovado pela Assembleia Geral da ONU neste domingo (22/9), em Nova York. Fruto de 18 meses de negociações entre os países membros, o documento de 56 páginas aponta o combate às mudanças climáticas como uma das prioridades e promove transformações importantes na cooperação multilateral.
Uma questão sempre controversa nos debates das Nações Unidas não ficou de fora do pacto. O documento apela por uma transição que encerre o uso dos combustíveis fósseis nos sistemas energéticos,de uma forma “justa, ordenada e equitativa, acelerando a ação nesta década crítica”.
“O Pacto para o Futuro, o Pacto Digital Global e a Declaração sobre as Gerações Futuras abrem as portas para novas oportunidades e possibilidades inexploradas”, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, durante seus comentários na abertura da Cúpula do Futuro.
Financiamento climático
O acordo reafirma a determinação de definir, na Conferência da ONU sobre o Clima (COP29), uma nova meta coletiva para os países ricos, a partir de um mínimo de US$ 100 bilhões por ano, tendo em conta as necessidades e prioridades dos países em desenvolvimento.
Como uma das respostas ao agravamento da crise climática global, o documento aborda a necessidade de acelerar os esforços para combater a poluição do ar, da terra e do solo, da água doce e dos oceanos, incluindo a poluição sonora e a gestão de produtos químicos.
Outro destaque importante é o reforço da meta de que os países concluam um instrumento internacional juridicamente vinculante sobre poluição plástica até o final de 2024. O Pacto trata também de temas diversos como a reforma do Conselho de Segurança da ONU, a arquitetura financeira global, a manutenção da paz e a inteligência artificial.
Com informações da ONU News
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